Jasper
faz parte de um grupo de cachorros que participou do primeiro teste que
conseguiu recuperar uma lesão "real" de medula em um animal — e não
uma lesão causada em laboratório. Os resultados foram publicados na edição
deste mês da revista científica Brain.
As células transplantadas foram obtidas do bulbo olfativo (um par de
pequenas estruturas situadas na parte mais posterior do cérebro que recebem
informações de moléculas de odor captadas por receptores no nariz) dos
próprios animais.
Realizado a partir de uma parceria do Centro de Medicina Regenerativa do
Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido, e da Escola de Veterinária da
Universidade de Cambridge, o estudo transplantou para as áreas danificadas da
medula um tipo de célula nasal já conhecida por sua capacidade de restaurar
partes de células nervosas.
"Havia
a hipótese segundo a qual essa célula-tronco (do bulbo olfativo) poderia servir
como um eficaz conduíte para regenerar axônios nas zonas de transição entre
tecidos avariados e intactos da medula espinhal", escreve o professor
James Guest, do Departamento de Cirurgia Neurológica da Escola de Medicina
Miller, da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, em um comentário sobre a
pesquisa, também publicado na Brain.
O pequeno Jasper fez parte de um grupo de
34 cães, todos com algum tipo de paralisia há pelo menos um ano, causada por
danos severos à medula espinhal – nenhum deles conseguia mexer as patas
traseiras. Metade da amostra, entre os quais Jasper, recebeu o transplante das
células, removidas do bulbo olfativos e depois cultivadas em laboratório. Nos
meses subsequentes, eles tiveram os avanços de coordenação motora monitorados em
esteiras com o suporte de arreios.
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